As geleiras estão derretendo três vezes mais rápido do que na década de 80, de acordo com dados divulgados pelo Serviço Mundial de Monitoramento de Geleiras, que é sediado na Suíça.
Os pesquisadores acompanham com atenção uma amostra de 30 geleiras em várias partes do planeta, e atribuem o fenômeno à mudança do clima da Terra.
“Nós vamos entrar em condições não vistas nos últimos dez mil anos, e talvez condições que a humanidade jamais experimentou”, disse Wilfried Haeberli, diretor do serviço.
Os dados são divulgados em meio à reunião do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC, em inglês), reunido desde segunda-feira em Paris.
Dos elementos geográficos da Terra, as geleiras são consideradas as mais sensíveis à elevação das temperaturas.
De acordo com o Serviço Mundial de Monitoramento de Geleiras, o derretimento provocou uma diminuição de espessura da amostra observada de 60 a 70 centímetros, em média, em 2005.
Isto representa 1,6 vezes mais do que a média anual durante a década de 90.
Se a tendência se mantiver, Haeberli acredita que várias geleiras vão desaparecer em décadas. Elas possuem normalmente dezenas de metros de espessura.
No ano passado, o Serviço Mundial de Monitoramento de Geleiras previu que os Alpes perderão 75% de suas geleiras durante este século.
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